Autor dos livros de poemas Ab absurdo (Patuá, 2015) e O cortejo (Patuá, 2013), José Luis Queiroz nasceu em São Paulo, onde vive e trabalha. Casou, viuvou, casou novamente. Tem duas filhas lindas. Representante comercial, não terminou o curso de Administração. Atualmente, cursa Filosofia. Apaixonado por poesia e música, é também letrista. Apesar de morar na metrópole, não entra em metrô, não usa elevador, odeia multidão, congestionamento e fila de qualquer espécie. Considera-se um caipira urbano. É fã de Drummond, Bandeira, Quintana e Beatles. Acorda sempre de bom humor.
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Conheça 03 poemas do livro Ab absurdo, de José Luis Queiroz:
AB ABSURDO Lá vou eu, de novo, com a minha caravela! Minha espaçonave, minha pouca bagagem, meu rumo torto, a fortaleza sem sentinela. Adeus, sisudo amigo, ao qual me oponho: não pela realidade que de ti emana, não pela crueldade do que resta do sonho; mas sim pelo cronograma, que nos engana com o divã e o devir, esse fruto inconho. Cansado e sem pedra, estou agonizante, na via-crúcis atirado, como canino dejeto; Tudo aqui exala o odor da lei de antes. Vejo me queimarem como bruxo insurrecto! Lá vou eu, de novo, com as minhas bigas! Lá vou eu, de novo, movido a vapor Com meu bólido de estranhas cantigas, minha eterna palavra sem vigor. Adeus, circunspecto amigo: que ri! dos delírios que me vestem de jogral das facetas da mentalidade zumbi da frouxa catapulta que atira o meu punhal! Exausto, definho, acreditando no mundo. Em minha mente Conscientia fraudis lateja! Dissimulo em frente ao espelho, moribundo, e das abnegadas hienas eu tenho inveja. Lá vou eu, de novo, com os meus patinetes! Lá vou eu, de novo, com a minha galera Minha cortina apeada, minhas marionetes, a chave do meu planeta sem atmosfera Adeus, sorumbático amigo, ser ocioso! Não pela vã labuta que nos desanima Não pela hierarquia, esse dote vicioso, mas sim pelo cotidiano dos hotéis sem estrelas e pela glosa divina de um deus criterioso! Fatigado, vejo o meu depauperamento: Físico, engordo – Mental, eu emagreço! É tísico o meandro desse agônico momento Esvai-se o oxigênio – Eu não mereço! Lá vou eu, de novo, como meu bonde Lá vou eu, de novo, com a minha liteira Com a minha sequoia, sem raiz ou fronde que nunca dá sombra, frutos, madeira .... Adeus, macambúzio amigo, ao qual inquiro: - Será inocente a pretensão de raciocínio? O que para alguns sugere dentada de vampiro, para outros é nada mais que rotineiro latrocínio. Abatido, uma nova ordem aqui instauro: “Devo ir na máquina do tempo, à Da Vinci, e compreender porque voava o pterossauro e esse homem não ergue voo com igual requinte.” Lá vou eu, de novo, com o meu jirinquixá Lá vou eu, de novo, com meu carro de boi Rudimentares rodas rangem um doce ré-mi-fá: - Meu pai foi rei – Foi! – Não foi! Foi! – Não Foi
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TUPI E EU
ESQUELETOS
Conheça 03 poemas do livro O cortejo, de José Luis Queiroz:
ROSEBUD
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INSTANTE CASUAL ***
O ESTRANGEIRO (O ESTRANGEIRO, Albert Camus)
Livro: Ab absurdo Autor: José Luis Queiroz
Livro: O Cortejo Autor: José Luis Queiroz
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